Conferência pronunciada no seminário Eu assino embaixo – biografia, memória e cultura, realizado no Centro Cultural Banco do Brasil
do Rio de Janeiro, em 22 de abril de 2003. Tema: Escutas do Eu e do Outro, Escritas da Vida).
Eis aí uma pergunta para a qual o escriba aqui não tem uma resposta definitiva. E se tivesse apenas 30 segundos para respondê-la, certamente diria: “Não sei.” Mas tive alguns dias e muitas horas para buscar os fios que ligam os autores a seus personagens, o vivido ao narrado, enfim, os substratos autobiográficos que embasam certas obras de ficção, e não só as de minha (modesta, vá lá) autoria, o que imagino seja a expectativa de vocês, uma vez que esta é a tarefa que me cabe, neste seminário. Agora tenho 29 minutos para lhes apresentar o resultado dessa busca.
Comecei pegando um livro cujo título é outra pergunta: “Por que escrevo? Ao abri-lo, dei de cara com umas linhas de um escritor contemporâneo, o paulistano Bernardo Ajzenberg, autor, entre outros, de um romance admirável, o Variações Goldman. “Como a pedra e suas camadas, tudo aquilo que funda o gesto criador é fruto de acumulação” – diz ele. E completa: “Nada surge do nada.” Eis aí, eis aí: nada surge do nada. Elementar, meu caro Watson. Isto vem bem a calhar, pensei eu, já não mais me sentindo no grau zero deste texto.
Naquele mesmo livro – Por que escrevo? -, Glauber Rocha referiu-se ao processo de acumulação da seguinte maneira: “O escritor escreve o que vê, o que lê, o que percebe, o que sofre.” Pelo visto, ele não escrevia tendo apenas uma idéia na cabeça e uma câmara na mão. Estou falando do baiano que fez um filme que é um romance que eu gostaria de ter escrito, o Deus e o diabo na terra do sol, que não deixa de ser um produto de suas errâncias pelos sertões e de suas leituras de Euclides da Cunha, Graciliano Ramos e João Guimarães Rosa, somadas à estética e ética de um John Ford, o clássico dos faroestes, do japonês Akira Kurosawa, do italiano Roberto Rosselini e às narrativas dos cegos cantadores nas feiras do Nordeste. Quer dizer: de tudo que leu, viu, ouviu, percebeu, sentiue sofreu, como homem do sertão antenado com esse mundo de Deus e do diabo.
Portanto: nenhum texto literário surge do nada, mas de uma soma de vivências e leituras. E tudo isso filtrado pela memória e embalado pela dialética do discurso ficcional.
Ao escrever aqui a palavra memória, uma lembrança me acode. A de uma frase de William Faulkner, o Prêmio Nobel de Literatura de 1950, em seu livro Luz de agosto. Esta frase: “É a memória, e não a dor, que faz você se lembrar de centenas de ruas selvagens e ermas.” Lembrança puxa lembrança: uma vez li em algum lugar que Faulkner escreveu o seu monumental O som e a fúria ao se lembrar dos lamacentos fundilhos das calças de uma menina numa árvore, da qual ela podia ver, através de uma janela, onde os funerais da sua avó estavam sendo realizados. O título do romance surgiu de outra lembrança: uma fala de um dos personagens de Shakespeare, o Macbeth, quando este monologa sobre a vida e conclui que ela é uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria, significando nada. E assim temos um caso exemplar da fusão de memória e leitura, que resultou num dos romances mais criativos e mais fascinantes de todos os tempos, uma saga familiar que começa com um personagem idiota de 33 anos que parou de evoluir mentalmente aos três. É arrebatador. Dou-lhes aqui um pequeno exemplo de como em O Som e a fúria ele atingiu a culminância da arte de escrever, quando dá voz a um personagem suicida chamado Quentin. Enquanto se prepara para cometer o tresloucado gesto, esse seu personagem rememora:
“Quando a sombra do caixilho apareceu nas cortinas era entre sete e oito horas da manhã e então eu já estava no tempo outra vez, ouvindo o relógio. Ele era do meu avô, e quando o meu pai o deu para mim disse: Quentin, eu lhe dou o mausuléu de toda esperança e de todo desejo; é mais do que penosamente possível que você irá usá-lo para adquirir o reducto absurdum de toda experiência humana, mas não satisfará as suas necessidades individuais, como não satisfez as dele ou as de seu pai. Eu o dou a você não para que se lembre do tempo, mas para que possa esquecê-lo por alguns momentos e não gaste todo o seu fôlego tentando conquistá-lo. Porque as batalhas nunca se ganham, ele disse. Nem sequer são travadas. O campo de batalha só revela ao homem a sua própria loucura e desespero, e a vitória não é mais do que uma ilusão de filósofos e loucos.”
Não. Não é a primeira vez que o espírito do finado Faulkner baixa nas teclas do escritor que vos fala. O meu primeiro livro, Um cão uivando para a Lua, tem a seguinte epígrafe: “Entre a dor e o nada, eu escolho a dor.” É a frase final de uma bela e trágica história de amor, o romance Palmeiras Selvagens, e da qual ele iria fazer blague. Assim: “Entre o uísque e nada, eu escolho o uísque.” Bem, o velho Faulkner era tão bom de letras quanto de copo, tanto que, no ano de 1954, ao acordar de ressaca, no quarto de um hotel em São Paulo, onde participava de um congresso de escritores, não fazia a menor idéia em que cidade do planeta se encontrava. Tentando se situar, puxou as cortinas. Ao dar de cara com os arranha-céus paulistanos, exclamou, cheio de horror: “Oh, my God, Chicago again!”
Pronto. No capítulo das leituras, Willliam Faulkner passou pelas mediações e processos que têm permeado as experiências de vida nos textos literários do palestrante aqui, posto que as leituras fazem parte dessas experiências. Elas acabam se tornando uma segunda natureza do escritor. Este aqui, em tudo que escreve, por vezes se sente homenageando todos aqueles que contribuiram para povoar a sua mente com fabulações que deram asas à sua imaginação, a começar pelos narradores anônimos de sua infância que, para espantar o medo da noite, reuniam-se ao pé de um fogão, contando histórias de arrepiar, cujos enredos envolviam almas penadas a arderem no fogo-fátuo, gralhas mal-assombradas, mulas sem-cabeça, lobsomens, zumbis, personagens apavorantes que o levavam a perder o sono. Qualquer ranger de porta, farfalhar de uma árvore ou o pio de uma ave noturna passavam a ser uma assombração.
Mas o mais fantástico foi quando apareceu ali, naquele lugar esquecido nos confins do tempo, no sertão da Bahia, uma professora para dar aulas na Escola Rural. Ela trazia um livrinho chamado Seleta Escolar. Tratava-se de uma pequena antologia de textos de autores como Machado de Assis, Eça de Queirós, José de Alencar, Castro Alves e Gonçalves Dias. Foi como se, antes daquele livrinho, o mundo não existisse para mim. E logo descobri o que queria ser quando crescesse: Castro Alves! Aquele que tinha uma cabeleira à altura de seus poemas e dava muita sorte com as mulheres.
Moça de fino trato, a professora percebeu o meu encanto pelos textos daquele livrinho, que me pôs a ler em voz alta, todo dia. Gaguejando, tropeçando nas palavras, fui aos poucos pegando desenvoltura. E então a professora passou aos exercícios de redação, com temas da nossa realidade cotidiana: a minha casa, a minha escola, as estações do ano (bom, lá só tinha duas: inverno e verão; escrever sobre as outras exigia imaginação. Mais ainda sobre um dia de chuva. Como o lugar era chegado a uma seca, acho que foi esse tema que fez de mim um romancista).
A notícia de que havia um menino da roça que ia bem na escola, a ponto de já estar lendo e escrevendo mais até do que muita gente grande, correu solta pelas baixadas, tabuleiros e taperas. Foi aí que aquele menino acabou se tornando uma espécie de leitor e escriba público.
Tudo começou num dia de feira, quando eu ia chegando ao povoado, vindo da roça em que vivia. E logo à entrada, estava um rapaz à minha espera, num beco, com uma folha de papel e um lápis na mão. Ele me pediu para escrever uma carta para uma moça, da qual estava apaixonado, mas não tinha coragem de lhe dizer isso pessoalmente. E não sabia escrever. Compadecido com a sua confissão e lisonjeado por ter sido o escolhido para uma função de tamanha importância, tentei fazer minha a sua paixão, embora sentindo o peso da responsabilidade. Se não encontrasse palavras convincentes, poderia pôr tudo a perder. O certo é que não foi tão difícil assim passar para o papel os sentimentos de uma outra pessoa. Eu, menino, estava era aprendendo alguma coisa sobre o que um apaixonado sentia. Ele sabia o que queria dizer. Como expressar isso na ponta do lápis era comigo. Na segunda-feira seguinte lá estava a moça, naquele mesmo lugar, para me pedir que lesse para ela a carta que eu mesmo havia escrito e… escrever a resposta!
A partir daí, ia ser assim: o menino passava a ser procurado por todos aqueles que não haviam chegado à palavra escrita, como as mulheres da roça, quando recebiam cartas de seus maridos que tinham ido embora, em busca de trabalho nas terras ricas do cacau, no sul da Bahia. Cheias de saudades, ansiosas por notícias dos seus maridos, aquelas senhoras se penduravam no ombro do menino e derramavam sobre ele uma chuva de lágrimas a cada linha lida e a cada palavra dita em resposta aos seus entes queridos, desaparecidos em terras longínquas. Ler e responder aquelas cartas era de cortar o coração.
Mais triste do que isto era quando o chamavam à casa de alguém que estava morrendo. Nessas horas, ele tinha que ler um livro de rezas diante do moribundo e da platéia que o velava. Prepare-se para o pior: como o doente já estava nas últimas, não ia haver oração que o salvasse. E aí o menino iria viver suas piores noites de terror, achando que a alma penada do falecido viria pegar no seu pé, acusando-o de não ter lido as rezas com a fé necessária para salvá-lo.
Eu iria me lembrar disso no dia em que escrevi num de meus livros: “Não é a fé que remove montanhas, mas o complexo de culpa.”
E aí já está um exemplo de como as experiências de vida permeiam a minha escrita.
Dou-lhes outros.
Um cão uivando para a lua.
Primeiro: devo esse título a um gigante do jazz. De tanto ouví-lo, achei que a sonoridade do trompete de Miles Davis se assemelha a de um cão uivando para a lua, ainda que seja para um luar inexistente. Essa associação de idéias me veio ao visitar um amigo carioca que estava internado num manicômio, onde passava uma temporada no inferno dos eletrochoques. O consumo de drogas o levara a isso. E assim o encontrei: com a cabeça raspada e espumando loucamente. Os calmantes que os médicos lhe davam o deixavam ainda mais excitado. Voltei para casa chocado. E com uma pergunta na cabeça: onde estará a fronteira entre sanidade e loucura? Telefonei para um psicanalista amigo, o doutor Alexandre Kahtalian, contando-lhe o sucedido. Ele conhecia o meu amigo. E me disse que provalmente se tratava de um processo esquizofrênico que as drogas fizeram vir à tona. E que, ao que tudo indicava, aquele meu amigo iria passar o resto da vida entrando e saindo dos surtos. E o pior seria nos momentos, digamos, de normalidade. Nesses, ele iria perceber o quanto estava estigmatizado. Uma vez catalogado como louco, nunca mais iria se livrar do rótulo. O preconceito à sua volta iria fazê-lo sofrer tanto quanto os eletrochoques. Desliguei o telefone com a frase de Faulkner na cabeça: “Entre a dor e o nada, eu escolho a dor.” E fui para o teclado. E bati isto:
Passei o dia todo subindo e descendo escada. Preciso me cansar. Que saco. Não, não sou eu quem está louco. São esses médicos incríveis. Sim, os loucos são eles. Eu simplesmente os odeio. Estou te chateando. Estou te enchendo, não estou? Desculpa, é por causa dos remédios. Acho que já não tenho sangue nenhum nas veias. Tenho drogas.
Segui escrevendo. Como um louco.
Oito meses depois tinha um romance nas mãos.
Um cão uivando para a lua! Se era uma fabulação permeada pela minha visita àquele meu amigo internado, ou pelo trompete de Miles Davis, ou por uma frase de Faulkner, ou pelo leitura de Hospício é Deus, de Maura Lopes Cansado, ou se aquele cão era eu mesmo, pouco importava. Era só um romance, do qual a crítica disse ser de toda uma geração. Mas houve quem achasse que o seu autor devia ser um louco mesmo. Recebi cartas assim: “Se você é como o seu personagem, não queria estar na sua pele.” E: “Você pôs na mão da gente, você ferrou a gente com esse livro doido.” Numa viagem a Curitiba com um colega de trabalho aqui do Rio, ele convidou uma amiga para jantar conosco. Foi uma noite muito agradável. Contamos piadas e demos muitas risadas. Na despedida, porém, ela confessou que teve medo de aceitar o convite para aquele jantar.
– Mas que bom que você é bem diferente do que eu imaginava! – ela disse.
Intrigrado, perguntei-lhe:
– Como você imaginava que eu era?
E ela:
– Doidão! Como no seu livro.
Voltei de lá com dois consolos. O primeiro: aquela moça, lá no distante Paraná, havia me lido. O segundo: e agora ela me achava uma pessoa normal.
Bom, isso se passou há 30 anos. Um cão uivando para a lua acaba de ser relançado pela Editora Record, numa edição comemorativa, que já não espanta ninguém. Loucura mesmo é o que estamos vivendo hoje, não? Mas ainda há quem diga: é tão atual… Felizmente, não há mais quem tema se aproximar do seu autor, achando que ele é um louco furioso.
Depois do primeiro livro vieram os outros, de enfiada. Críticos e leitores iriam ver algo de autobiográfico em todos, ou quase todos, principalmente em Os homens dos pés redondos, Essa terra, Um táxi para Viena d’Áustria e O cachorro e o lobo. É que nesses livros alterno um narrador em primeira pessoa com um outro, onisciente. Isso faz parte de uma estratégia. Escrevendo em primeira pessoa do singular, tento me plasmar no personagem, entrar mais fundo nele. Na terceira, busco um distanciamento crítico do narrado. Como se fosse um dramaturgo que usasse as técnicas de Konstantin Stanislavski e de Bertold Brecht ao mesmo tempo – e me perdoem por tão altas pretensões.
Mas se o narrador em primeira pessoa me deixa mais próximo do personagem, fazendo com que me sinta na sua pele, isto não significa que ele e eu sejamos a mesma pessoa. Entre mim e ele haverá sempre a permeação da ficção. Esse eu poderá conter algo do autor, mas não é necessariamente oautor, ainda que haja identificação entre um e o outro. Quando Gustave Flaubert dizia “Madame Bovary sou eu,” estava falando do quanto ele se identificava com a sua personagem, do quanto ele partilhava os seus sentimentos. E assim foi entendido no seu tempo e na posteridade. Ninguém passou a chamá-lo de Madame Flaubert.
Até aqui falei, em rápidas pinceladas, dos meus processos narrativos. Como seriam os de meus companheiros de geração?
Para começar, nunca lhes perguntei isso. Sei que Ignácio de Loyola Brandão costuma andar com um caderninho no bolso, fazendo anotações que depois usa em seus livros. Por minha própria conta e risco, deduzo que a sua condição de editor da revista Vogue venha lhe servindo de posto de observação sobre a tal sociedade do espetáculo em que vivemos. O seu mais recente romance, O anônimo célebre, aponta nessa direção. O livro tem até ingredientes de auto-ajuda para quem busca desesperadamente a notoriedade. Só que, ao contrário dos autores salvacionistas prêt-à-porter, O anônimo célebre é prêt-à-laisser, ou seja, a ser deixado de lado pela clientela de papagaios de piratas e alpinistas sociais, em razão da sua crítica acerba a esse mundo vidiotizado de sucesso a qualquer preço. Não estou querendo dizer que o Loyola, meu amigo de toda uma vida, tenha fracassado em seu projeto. Muito pelo contrário: o autor de Zero e Não verás país nenhum, só para citar dois de seus títulos mais contundentes, outra vez acertou na mosca. É saudável ver um escritor postar-se na contra-mão das ilusões do seu tempo, como esse camarada chamado Ignácio de Loyola Brandão.
Ele e eu fazemos parte de uma tribo numerosa, de Moacyr Scliar em Porto Alegre a Márcio Souza, em Manaus. E mais, e mais: João Ubaldo Ribeiro, Nélida Piñon, Oswaldo França Júnior, Wander Piroli, Roberto Drummond, Ivan Ângelo, Raduan Nassar, Domingos Pellegrini Jr, Flávio Moreira da Costa, Sérgio Sant’Anna, João Gilberto Noll, etc, etc, etc. Impossível não lembrar aqui do finado João Antônio, nascido nas bandas de Osasco e que fez do Rio de Janeiro o seu campo de batalha, e onde morreu, sozinho, como um cão sem dono. Um homem com uma vivência enorme entre os que chamava de “a patuléia, a ratatuia, os que comiam o pão que o diabo amassou com o rabo.” O seu amor pelos deserdados da sorte era tão grande quanto o seu desprezo pela classe-mérdia, como dizia. Identificava-se até os ossos com Lima Barreto. Aclamado pelo crítico Leo Gilson Ribeiro como “clássico velhaco,” bravejava contra os brilharecos e pós de vaidades de seus pares e desancava os “doutores e sambudos da universidade.” E nos legou dois livros de contos memoráveis: Malagueta, Perus e Bacanaço e Leão de Chácara, frutos do seu corpo-a-corpo com a vida, de suas vivências pela sua galeria de tipos inesquecíveis da patuléia, da ratutaia.
E toda essa geração de João Antônio, que é a do Loyola e a minha, só existe por causa de outras, desde Machado de Assis e Lima Barreto, e que se difurcaram em Guimarães Rosa, Fernando Sabino e Clarice Lispector, nos quais entroncaram Autran Dourado, Antônio Callado, José J. Veiga, Lygia Fagundes Telles, Dalton Trevisan, Rubem Fonseca, Carlos Heitor Cony etc, grandes e admiráveis escritores brasileiros.
E agora novos e instigantes ficcionistas pululam na minha estante: Carlos Herculano Lopes, Rubens Figueiredo, Luiz Rufatto, Arnaldo Bloch, Bernardo Carvalho, Raimundo Carrero, Milton Hatoom, o já citado Bernardo Ajzenberg, Godofredo de Oliveira Neto, Adriana Lisboa, Flávio Carneiro, Ruy Tapioca, Marçal Aquino, Tony Bellotto, Antônio Carlos Tettamanzi, Gustavo Bernardo, Mauro Pinheiro, Cyntia Moscovith, Cláudia Lage, Gisela Campos, Carlos Ribeiro, Aleilton Fonseca, isto para citar apenas alguns nomes da safra mais recente que tenho lido, com prazer e entusiasmo.
Nunca dantes se escreveu tanto no Brasil.
Resta-nos esperar a permeação dos textos destes autores com os leitores.
Termino com dois versos de um poeta português chamado Alexandre O’Neill, que também vêm a calhar:
Folha de terra ou papel,
tudo é viver, escrever.
>Eu assino embaixo.